terça-feira, 18 de março de 2008

CNE entrega a pauta e reivindica fim da CCE-09

A reunião do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) realizada na última terça-feira (18-03-2008) teve dois objetivos. Pela manhã, o CNE analisou todas as sugestões resultantes das assembléias realizadas em todo o Brasil, sistematizando-as e, finalmente, fazendo as inclusões e/ou modificações.
À tarde, já com a pauta de reivindicações definida, entregou a mesma ao diretor-administrativo da Eletrobrás, Miguel Colassuono, que estava acompanhado do diretor de projetos especiais e desenvolvimento tecnológico e industrial, Ubirajara Rocha Meira, além dos assessores da DA.
Nesta reunião, o CNE enfatizou a necessidade de manutenção de todos os benefícios vigentes e também da política de concessão de reajustes salariais com reposição integral da inflação do período, mais ganho real, que numa primeira análise permite a manutenção do poder de compra dos trabalhadores.
Outro ponto importante focado na reunião foi a construção da grande Eletrobrás, que recebe o aval dos trabalhadores, mas que deu oportunidade para que o CNE fizesse a observação sobre a necessidade de que sejam removidos entulhos de outras administrações como por exemplo a CCE-09 e CCE-10 — que engessam a gestão de recursos humanos da empresa — ocasionando muitas das vezes a perda de mão de obra especializada para o mercado.
A próxima reunião de negociação ficou de ser agendada para o dia 9 ou 10 de abril, no Rio de Janeiro.
A preocupação do CNE pela manutenção da política adotada nas últimas negociações tem como base o noticiário da grande imprensa, que vez por outra insinua que o fim da CPMF pode influir na política de pessoal do Governo.
Por outro lado, a importância cabal do Setor Elétrico para a concretização do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) aponta para a valorização do pessoal, com a conseqüente gratificação por desempenho e a preocupação das empresas pela manutenção de técnicos altamente especializados.
Nesse cenário, é fundamental que haja por parte do Governo a compreensão que o fim da CCE-09 representaria o fim de um verdadeiro apartheid criado no setor a partir de 1996, quando o contingente de trabalhadores contratados a partir desta data passou a vivenciar uma situação de discriminação que mina o relacionamento entre trabalhadores e com suas chefias imediatas, influindo diretamente no fator produtividade.
Nesse sentido, a primeira rodada de negociação é aguardada com expectativa pela categoria.

Quem sou eu

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Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).